segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Musica, pra quê?!

Uma orquestra de Gagaku no Japão Imperial tocava não para a platéia, apenas para expressar a harmonia de seus praticantes e do entorno. Na tradição do Gagaku, em em geral da rtae japonesa, a idéia é imitar o mais possível o mestre, chegar ao refinamento, não a inovação. Imobilidade.
No Ocidente, em especial na música de tradição européia, a imitação leva a decadência, degenera. O movimento se dá na ruptura, uma forma legítima forma de continuidadee porque refinamento (de refino).
Outro aspecto interessante no Gagaku, é que como se perderam os manuscritos das composições completas, o que se toca - amuito - são fragmentos. Trechos musicais , cujos inicios e finais se perderam, essa incoompletude, criou uma sensação de que a música vem de algum lugar ja iniciado e não chega a lugar algum muito determinado, uma vez que o final da estrada é incerto e se perdeu.
Um outro elemento interessante é a idéia de que entre as notas existe um espaço vazio, Ma, de respiração, um espaço negativo (intervalo de vazio entre objetos). O conjunto deve então respirar junto, como um grande corpo coletivo na execução musical.

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